sexta-feira, junho 15, 2012

Saudades...

Esta semana senti muitas saudades.
Saudades de pessoas. Estas saudades doem muito, pois pra mim estão ligadas a dois aspectos. Um é àquelas pessoas que realmente fizeram a diferença na minha vida, foram presente, construíram algo ao meu lado ou permitiram que eu participasse de suas vidas, de suas dores, suas alegrias. Dividir com alguém a nossa vivência faz um bem enorme, e dá ao outro o sentimento de valia muito importante para que as relações valham à pena, faz com que a gente sinta respeito do outro pelo o que doamos a ele, pelo amor que dedicamos. Afinal, ninguém quer amar sozinho. Uma via só? Ninguém precisa disto. Trocar, compartilhar, é amor, é o que dá gás às relações, mas esta precisa valer para ambos lados.
E outro aspecto é a falta de pessoas que só existia em nossos desejos. Desejamos tanto que fulano ou sicrano seja especial, seja presente, que acabamos por acreditar ingenuamente que fazemos parte da vida delas. Acreditamos em uma intensidade de afeto por nós que no fim não condiz com a realidade do que sentem. Muiiiitas vezes criamos esta imagem sobre o sentimento do outro. E custa cair na real sobre o verdadeiro valor e interesse do outro por nós, ficamos apegados a uma imagem criada pela nossa fantasia, pelo nosso desejo ingênuo de que fosse amado, bem quisto tanto quanto bem queremos ele. Fica a saudade de alguém que não é realmente aquela a quem nos apegamos. Nem sempre um ato generoso ou educado quer dizer grande amor e consideração. As pessoas convivem obrigatória e educadamente. E isto perigosamente dura tempos, a ilusão sobre a consideração alheia. Aponto que a pior consequência das saudades das pessoas e de reconhecer o real significado dos afetos, é dar atenção e gastar energia apenas com aqueles que fazem o mesmo comigo e minha família, doar-me na mesma intensidade e qualidade que sou agraciada. Dizem que amor doamos sem olhar a quem, mas ainda não cheguei lá! :P
Também deu saudades do meu canto, meu Recife.
Morar em Porto Alegre tem muita qualidade de vida. Lugar mais limpo, mais educado em termos de cuidar da cidade. Recife está horrivelmente sujo. O trânsito é um caos, mas não se compara ao de Recife. Em POA conheci e tenho perto pessoas bem especiais. As que se permitiram me acolher afetuosa e fraternalmente eu tenho todo respeito e consideração. Em Recife estão pessoas que me significam demais. Escreveram minha vida de mãos dadas comigo. Tenho a família, torta, mas onde me encontro. Tenho os amigos de infância, aqueles que sabem tudo de bom e mau de mim e eu sobre eles. Em Recife nunca dei tanto valor à praia como dou hoje.
 E agora com uma filhinha, tudo ficou mágico - o mar, a areia, o dia e céu lindos, até o picolé de isopor tem outro sabor
Saudades... muitas!
Mas precisamos seguir em frente. Fica a alegria por poder ter saúde e vida para relembrar e viver cada dia redescobrindo forças e novos amores - lugares e pessoas, não esquecendo de cultivar os amores que sempre andaram de mãos dadas conosco.

Boa sexta! Bom fim de semana!

4 comentários:

  1. Gabi, minha flor, imagino como é difícil pra ti viver longe da família...mas saiba que tens aqui amigas que te adoram muito!!

    beijos

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  2. Eu também vivo em saudades constantes, blé. :( Mas sentir saudades, por um lado, é bom. Significa que temos ou tivemos muita coisa boa na nossa vida. Só sente saudade quem tem muito amor. ;~
    Beijo!

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  3. faço das palavras da Ruiva as minhas neguinha!
    te amo muito viu? és uma amiga e tanto.

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  4. Saudade é bom,mas dói né?Tbm sinto saudades de muitas pessoas que passaram por mim...Mas concordo contigo,idealizamos demais!
    E tua Terra é realmente linda e quando temos nossos tesouros tudo fica muito diferente,pois vemos a vida de outra forma mesmo!
    Quando precisar solta o grito!rsrs
    beijos

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Obrigada pelo recadinho!